HISTÓRIA DA PARÓQUIA SANT'ANA
Angical está situado à margem esquerda do Rio São Francisco,
e integrou-se a província de Pernambuco até 1828, quando foi anexada à
Província da Bahia. No começo do século XIX, as terras denominadas Brejo do
Angical passaram a pertencer aos irmãos Almeida, descendentes de portugueses, que
iniciaram a criação de gado bovino, agricultura e extração de diamantes.
Formou-se o povoado.
Em 1810 os
irmãos Almeida, católicos, construíram a primeira Igreja de Santana do
Sacramento do Angical, dotando-a de imponentes obras de arte e ornando-a de
objetos de ouro e prata. Relata o Pe.
Francisco Antunes, que recebeu informações do Sr. Akim Silva, então tesoureiro
da Paróquia, sobre a 1ª igreja que foi demolida, na ausência do Pe. Vigário e
sem a autorização, por pessoas do Conselho, o que muito desgostou o Revdº Padre
Vieira este ato de revelia. Esta Igreja era localizada nos fundos da atual
matriz, sendo que estes fatos sobre a demolição a Igreja, não foram descritos
no Livro Tombo.
Em 1821, o Brejo
do Angical tornou-se Freguesia de Sant’Ana do Sacramento de Angical,
pertencente ao Bispado de Pernambuco, situação que durou até 1828. Em 05 de julho de 1890, o governador Marechal
Hermes Ernesto da Fonseca, elevou a Freguesia à categoria de Vila, dando-lhe
desta forma autonomia política.
Em 1913 foi
instituída a Diocese de Barra/Ba, ficando a Paróquia de Sant’Ana pertencendo a
mesma até 1979, ano em que foi criada a Diocese de Barreiras.
Bendigamos a Deus por
essas pessoas de fibra que construíram e contribuíram para o surgimento do
nosso município e paróquia. Saudamos
nesta noite, a Pastoral da Criança que foi fundada em maio de 1994, por Pe.
Geraldo Lang, os nossos músicos angicalenses e a Legião de Maria, instituída em
2002, por Pe. Trindade.
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Chegada da Imagem de Sant'Ana, recuperada do roubo |
Nas ocasiões em
que não havia Padre para celebrar a Santa Missa, rezavam-se a Ladainha em honra
a Senhora Santana, com muito foguetório, alvorada e procissão. Esta devoção dos angicalenses à Senhora
Sant’Ana foi demonstrada em especial na noite do dia 19 de março de 1985, quando
as imagens foram roubadas (Sant’Ana, Santa Rita e Senhora da Conceição). O povo
se uniu em oração para pedir o bondoso Pai do Céu, que as trouxessem de volta a
nossa igreja.
Com a grande
ajuda do nosso conterrâneo Antônio Nascimento (Mococa), no sábado de aleluia do
mesmo ano, as imagens chegaram de volta, onde foram conduzidas pelos Congados,
Banda de Músicos e por toda a comunidade, que aguardavam na entrada da cidade.
No ano de 1993, foi roubada a imagem de Nossa Senhora do Rosário, sendo que a
mesma não foi encontrada até a presente data.
Padres da Paróquia
O Pe. Antônio
Neto foi o primeiro Padre residente de Angical, que nasceu em 1850 em
Juazeiro-Ba, e ordenou-se em 1875, sendo nomeado como vigário geral da Comarca
de São Francisco, tendo a sede à Freguesia de Santana do Angical em 24 de maio
de 1887. O Pe. Antônio Neto foi um grande aliado do Sr. Elpídio Camerino da
Silva que construiu uma Capela do Senhor Bom Jesus, hoje o Centro Paroquial,
vindo a falecer no ano de 1923.
Em 26.07.1925, o
Padre Luis Manoel Vieira, então Vigário de Barreiras e Angical, lança a
primeira pedra fundamental da atual Matriz, com uma significativa cerimônia.
Muitos foram os
sacerdotes que aqui estiveram e contribuíram para o desenvolvimento espiritual
e social da nossa comunidade. Em meados do ano de 1937, assume a nossa Paróquia
o Padre Francisco Antunes, filho de Buritizinho, atual Cristópolis-Ba, fundador
do Apostolado da Oração de Angical (1937), acrescentando portas, janelas e a
escada que dá acesso ao coro, permanecendo até de 1947, sendo transferido para
a Paróquia de Carinhanha-Ba.
Em 28 de abril
de 1965, a Igreja passa a se chamar oficialmente Freguesia de Sant’Ana do
Sacramento. No mesmo ano, é empossado pelo Bispo de Barra D. João Muniz o Padre
Benedito Pereira Pradis, assumindo diversas paróquias, como também Angical. Daí
então, diversos Padres foram empossados na nossa Comunidade: Pe. Ailton
Nogueira (1977), Pe. Ricardo Weberberger (1978), ano em que a paróquia de
Angical, fica independente da paróquia São João Batista, com livros próprios e
carimbos oficiais; Pe. Thomás Rickey (1984) ficando até início de 1992. Durante sua permanência, realizou diversos trabalhos importantes na comunidade: lutou bravamente pela implantação da Reforma Agrária (1986), colocando a sua vida em risco; construção do Centro Paroquial Pe. Antônio Neto (1ª parte), residência dos Padres (1ª parte); capelas, escolas e creches na sede e na zona rural e a troca do telhado da atual matriz.
No ano de 1992, o Pe. Geraldo Lang e Pe. Godofredo tomaram posse como padres desta Paróquia, juntamente com os leigos Martin e Günther até janeiro de 2002; Pe. José Trindade, assume a paróquia em fevereiro do mesmo ano, onde fundou o Grupo dos Homens e outros, destacando de suma importância a construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, ficando até janeiro de 2009.
No mesmo ano, assume a Paróquia o Pe. Reinan Valette. Grande religioso que veio a animar ainda mais a comunidade católica, deixando sua marca com o fortalecimento dos grupos da igreja, notadamente as pastorais do dízimo e jovens. Infelizmente o mesmo foi impedido de terminar seu trabalho tendo sido vítima do crime mais bárbaro que a comunidade de Angical já havia presenciado até então. Na noite de 10 de março de 2013, após a missa dominical, na casa paroquial, o Pe. Raimundo Reinan Valette partiu para sempre, deixando muitos fiéis inconformados.
Em seu lugar, provisoriamente, a paróquia recebeu o Pe. Miguel Dias de Barros, vindo da Paróquia de Arapongas-PR, ficando até 2014, ano em que assume o Pe. Paulo Sérgio Conegundes da Câmara, o qual coordena a paróquia atualmente.
São 205 anos de uma grande caminhada. A pedra fundamental da atual igreja foi lançada no dia 26/07/1925 e foi gravada pelo pedreiro Pedro Dias da Silva, tendo sido paraninfos da “pedra”, os Senhores: Major Eduardo de Brito, Durvalmerindo Bandeira Coité e as Senhoritas: Corina Mariani Passos, Almerinda Coité e D. Virtuosa Matta de Almeida.
Esta igreja matriz deu-se início as escavações dos alicerces no dia 13 de agosto de 1925, sendo colocada a armação do telhado no dia 25 de dezembro do corrente ano, tendo o Coronel Joaquim Theotônio Mariani Passos, prefeito do município na época, batido o prego da cumeeira, com queima de foguetes. O tesoureiro da construção, foi o Sr. Akim Silva.
No ano de 1992, o Pe. Geraldo Lang e Pe. Godofredo tomaram posse como padres desta Paróquia, juntamente com os leigos Martin e Günther até janeiro de 2002; Pe. José Trindade, assume a paróquia em fevereiro do mesmo ano, onde fundou o Grupo dos Homens e outros, destacando de suma importância a construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, ficando até janeiro de 2009.
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Pe. Raimundo Reinan Valette (02/11/1960 - 10/03/2013) |
Em seu lugar, provisoriamente, a paróquia recebeu o Pe. Miguel Dias de Barros, vindo da Paróquia de Arapongas-PR, ficando até 2014, ano em que assume o Pe. Paulo Sérgio Conegundes da Câmara, o qual coordena a paróquia atualmente.
Colaboradores
Muitas pessoas escreveram conosco a história dos 205 anos da nossa paróquia. Começamos com os primeiros missionários, que trouxeram o Evangelho para a nossa região. Os Padres Capuchinhos, de Salvador que chegaram aqui por volta de 1707, para catequizarem os índios Aricobés, Acroás e Macoás que habitavam o cerrado e o vale da nossa região oeste.São 205 anos de uma grande caminhada. A pedra fundamental da atual igreja foi lançada no dia 26/07/1925 e foi gravada pelo pedreiro Pedro Dias da Silva, tendo sido paraninfos da “pedra”, os Senhores: Major Eduardo de Brito, Durvalmerindo Bandeira Coité e as Senhoritas: Corina Mariani Passos, Almerinda Coité e D. Virtuosa Matta de Almeida.
Esta igreja matriz deu-se início as escavações dos alicerces no dia 13 de agosto de 1925, sendo colocada a armação do telhado no dia 25 de dezembro do corrente ano, tendo o Coronel Joaquim Theotônio Mariani Passos, prefeito do município na época, batido o prego da cumeeira, com queima de foguetes. O tesoureiro da construção, foi o Sr. Akim Silva.
FONTES: LIVRO TOMBO PARÓQUIA SANTANA (1937), IBGE, INÊS PITTA, HISTORIA DA BAHIA/PERNAMBUCO.